Quarta-feira, 14 de Abril de 2010
Ó Brasil meu querido povo irmão,
Estou convosco na dor sou solidário,
Que desgraça vos deu tal mortuário,
E tão grande rasto de destruição.
Tanta gente sem lar povo faminto,
Eu quero acreditar e ter esperança,
Que a ajuda não pecará por tardança,
Pesa-me esta dor que por vós sinto.
Tivesse eu uma forma de ajudar,
Mais que mostrar os sentimentos meus,
Num abraço sentido d’uma maneira,
Que ficou ofuscado o meu olhar,
Fecho os olhos doridos oro a Deus,
E escondo uma lágrima traiçoeira.
Casimiro Costa
Domingo, 14 de Março de 2010
Eu quis ganhar algum tempo,
Do tempo que me sobrava,
E pensei que no momento,
Era tempo que ganhava.
Vi-me a pensar nessa hora,
No valor do sentimento,
Dos que mostram cá por fora,
O que não sentem por dentro.
E entender não consigo,
Quando sigo meu caminho,
Se eu rir, riem comigo,
Se chorar, fico sozinho.
Quem ama não lhe ocorre,
Desistir antes do fim,
Amigo é quem me socorre,
Não quem tem pena de mim.
Esta verdade conduz,
Minha vida com traquejo,
Se viro as costas á luz,
Já só minha sombra vejo.
Depois disso constatei,
Minha mente depurada,
Foi de tanto que chorei,
Que a alma ficou lavada.
Minha alma faz retorno,
Como um espelho reflector,
Sou da minha palavra dono,
Do meu silencio senhor.
Casimiro Costa
Domingo, 28 de Fevereiro de 2010
Por favor, ajude-me a ajudar a Madeira, quero oferecer 300 livros meus <suspiros> no valor de 2700 euros, para doar á Madeira.
Não sei como fazer, para os vender rapidamente e fazer chegar lá o donativo.
Aceito sugestões e agradeço! MUITO OBRIGADO!…
Casimiro Costa
Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010
Porque te amo confundido nas razões,
D’este desejo incontrolado de te amar,
Muito mais de que um simples beijar,
É o cruzar de dois puros corações.
Quero que seja eterno nosso instante,
Buscar-te-ei por todo e qualquer lugar,
Eu quero esse amor para explorar,
Amar como amigo ou como amante.
Quero que anseies hoje minha chegada,
Me recebas e te sintas desejada,
Com virtude vamos amar em liberdade,
Matamos a sede dos nossos beijos,
Saciando o corpo desses desejos,
Que nos levam, rumo á, felicidade.
Casimiro Costa
Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2010
2-2-1980---2-2-2010
São trinta anos, uma vida!
Umas vezes, bem vivida, outras também sofrida.
Vida com momentos felizes, outros amargos.
Vida cheia de desafios e obstáculos para vencer.
Nestes trinta anos nem tudo foi bem percebido, mas muito foi aprendido!
Quantas vezes apeteceu parar no meio da caminhada e desistir, mas sempre havia uma força qualquer a empurrar, que nos fez chegar até aqui, com avanços e recuos, mas chegamos heroicamente.
Há quem afirme que, um casal viver trinta anos casado, é puro cinismo, mas penso que não!
Ao fim de trinta anos, somos suficientemente maduros, para percebermos, que até as coisas menos boas, que fazemos um ao outro, podem estar a ser feitas com muito amor.
Por isso, penso não ser cinismo, o estar casado trinta anos com uma pessoa de quem gostamos, mesmo sabendo que, até o Céu, não mostra o sol todos os dias.
Hoje, olhando para trás, acho que valeu a pena!
Trinta anos, é tempo mais que suficiente, para que nos saibamos respeitar, mesmo nas diferenças, que caracterizam, cada um de nós.
Com o ensinamento e a maturidade que estes trinta anos me deram, quero agradecer publicamente, á minha companheira, esta vida em comum, reconhecendo que sem a sua ajuda, não teria sido fácil, chegar onde cheguei.
Quero também agradecer-lhe, as duas prendas mais relevantes que me ofereceu, nestes trinta anos, que são meu filho, Vítor e minha filha, Carla!!!…
Perdoa Fernanda, algum dissabor por mim causado, ao longo desta caminhada, mas tu sabes que sou incapaz de fazer sofrer alguém, com intenção e o quanto fico triste quando isso acontece.
Que eu, de alguma forma, também possa ser uma pérola na tua vida!
Como me prezo em ser uma pessoa de bem, tenho a humildade, de te homenagear publicamente.
Obrigado Fernanda! E obrigado sobre tudo, pela mãe que foste e és, para os nossos filhos! Hoje, um beijo especial para ti!
Casimiro Costa
Domingo, 17 de Janeiro de 2010
Porquê pergunto ao Céu, tanta desgraça,
Se abateu d’uma só vez, num povo só,
Que me deixam tanta pena, tanto dó,
No olhar, em cada imagem que se passa.
Quanta dor, vos deu a vida por castigo,
Sem provas, para vos ter condenado,
Por terem nascido, só no sitio errado,
Vos resta agora o Céu, como abrigo.
Rogo por vós a Deus, nesta aflição,
Uma centelha de luz, na vossa vida,
Seja um bálsamo, nesta dor e agonia,
Também guardar - vos - ei, no coração,
Desejando, que essa vida tão sofrida,
Não vos faça, ver a noite enquanto dia.
Casimiro Costa
Sexta-feira, 8 de Janeiro de 2010
No silêncio d’uma dor vai-se arrastando,
A injustiça no que me resta da alma,
Que já e logo desafia minha calma,
E pouco a pouco até já me vai matando.
Quero rasgar a voz soltar um grito,
Dizer-vos que a vida não terminou,
Apenas foi só algo que a mudou,
E de mim fez um ser muito aflito.
Eu quero nunca querer mal a ninguém,
É este o sentimento que me apraz,
Por aqui devo seguir algo me diz,
Que fazendo nesta vida sempre o bem,
Vou um dia encontrar a minha paz,
E quem sabe?! voltarei a ser feliz.
Casimiro Costa
Terça-feira, 29 de Dezembro de 2009
Tentava fazer por bem,
O coração de uma mãe,
Que a seu filho dizia:
- Não faças coisas à toa,
Essa mulher não é boa,
Para tua companhia.
Mas ele que tanto a queria
E só essa moça via,
Logo tudo lhe contou.
E essa mulher de má vida,
Com raiva enfurecida,
Que a matasse lhe ordenou.
Esse rapaz sem valor,
Para lhe provar seu amor,
Em casa da mãe entrava.
E com a faca que a mãe cortou
O pão com que o criou,
O desgraçado a matava.
Num acto de malvadez
E com grande rapidez,
O coração lhe tirou,
Sem pensar que em sua mão,
Tinha agora o coração,
Que toda a vida o amou.
Para provar que a amava,
Foi mostrá-lo à sua amada,
Pelo caminho tropeçou.
E ao cair muito aflito,
De repente deu um grito,
O coração lhe falou.
Provando que o amor é forte,
Ultrapassa mesmo a morte,
Falou em tom preocupado:
- Assustar-te não queria…
E o coração lhe dizia:
- Meu filho, estás magoado?
Casimiro Costa
Reeditado do meu livro " Suspiros "
Terça-feira, 15 de Dezembro de 2009
Quero que todos os dias,
Sejam dias de Natal,
Para todos, alegrias,
Ninguém pense fazer mal.
Ontem, hoje e amanhã,
Guardo a minha esperança,
Que se acabe a vida má,
A toda e qualquer criança.
Que o Natal leve os castigos,
Da vida e traga o carinho,
E eu mando aos meus amigos,
Um abraço apertadinho.
A estrelinha que nasceu,
Que ande a vosso lado,
E com a luz lá do céu,
Faça um lar iluminado.
O menino Jesus do céu,
Vos livre sempre do mal,
E cumpra o desejo meu,
Dê-vos um santo Natal.
Com ternura, sendo assim,
Como o Natal é divino,
Se vos lembrares de mim,
Dai um beijinho ao menino.
Se vos lembrares de mim,
Por elas tenho esperança,
Com ternura sendo assim,
Dai um beijo a uma criança.
Casimiro Costa
Quinta-feira, 3 de Dezembro de 2009
Imagem retirada da internet
Em cada verso que faço,
Faço erguer minha voz,
E de mim dou um pedaço,
Em cada verso que faço,
Com carinho a todos vós.
Dentro d’um verso tão só,
Apenas com meu pensar,
Tenho pena tenho dó,
Dentro d’um verso tão só,
Ter tão pouco que vos dar.
Das teias que a vida tece,
Tento em desembrulhar,
Todo bem que me parece,
Das teias que a vida tece,
Quero o bem desabrochar.
E neste rio que corre,
Num encontro se estende,
Um laço que se descobre,
E neste rio que corre,
Eu sinto como me prende.
É como rio que corre,
Num leito por aprender,
Poesia nunca morre,
É como rio que corre,
E nos deixa sem saber.
Poesia nunca morre,
É como rio que corre,
Num leito por aprender.
Casimiro Costa
Terça-feira, 1 de Dezembro de 2009
É com prazer que ofereço este prémio aos 5 blogs que mais me prenderam á blogosfera em 2009.
1- Para a minha amiga Maria João do http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/
2- Ao meu amigo Fisga do http://planeta-sol.blogs.sapo.pt/
3- Á minha amiga Natália do http://orquideanegra.blogs.sapo.pt/
4- Para a minha amiga Catarina Portela http://vidacomoteatro.blogs.sapo.pt/
5-Á minha amiga Idalina http://linhaseletras.blogs.sapo.pt/
Quinta-feira, 26 de Novembro de 2009
Não importa saber quem me critica,
O modo que tenho de escrever,
Não é bem a razão de não saber,
É escolha que fez quem o pratica.
Não importa se é em redondilha,
Se for maior ou então se é menor,
Se métrica, ou seja, lá o que for,
Um soneto ou só uma sextilha.
Quanto verso ritmado que já li,
E nada mais que ritmo encontrei,
Por essa razão é que eu não mudo,
Já tanta poesia em prosa vi,
E melódica no ouvido a achei,
Poesia para mim é o conteúdo,
Casimiro costa
Terça-feira, 10 de Novembro de 2009
Não serei digno, mesmo assim quero pedir,
Á minha mãe, seu perdão peço a chorar,
Que está magoada, por tão pouco a visitar,
E, deste meu falho, eu me quero redimir.
Esqueço por vezes, de que mãe, só tenho uma,
Que está sozinha e que lhe falta companhia,
Não me lembrando, que a vou perder um dia,
Só dou desculpas, feitas de coisa nenhuma.
Eu sei mãe, que o trabalho e dinheiro, não são tudo,
Dê-me seu perdão e o comportamento, eu mudo,
Quero para aliviar, do meu peito, soltar um ai,
Tenho o remorso, na alma, como castigo,
Mesmo jurando, que sempre fui seu amigo,
Esqueço o que sofri, quando vi partir meu pai.
Casimiro Costa
Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009
Não sei, porque não sei viver sem ti,
E qual a razão, ficarei sem o saber,
Porque também, eu não quero aprender,
Vou caminhando, pelo caminho que escolhi.
Com qualidades, que fiz de conta que não vi,
Venceste-me, com essa tua cegueira,
Não critico, o seres cega dessa maneira,
Porque eu também, hoje sou cego por ti.
O teu cheiro perfumado ao deitar,
O teu toque de manhã ao acordar,
É o paladar da vida que descobri,
Este sentir de sentimentos, tão agudo,
Faz por vezes, com que eu, já fique mudo,
Por ficar surdo, com aquilo que não ouvi.
Casimiro Costa
Terça-feira, 27 de Outubro de 2009
Este mimo foi-me oferecido por a minha amiga Maria João. http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/
Ó papel estou contigo,
Meu fiel e bom amigo,
Só tu sabes aceitar
Todo o meu desabafo,
Em cada verso que faço,
Nunca te ouvi protestar.
Com a caneta fazemos
Coisas que jamais esquecemos.
Nunca vos quero perder,
Nós casamos as palavras,
Sejam doces ou amargas,
Com o que queremos dizer.
Por isso muito obrigado,
Tu estás sempre a meu lado,
Nós temos muito para dar.
Posso oferecer-te à gente,
Ou seres só meu confidente,
Se não te quiser mostrar.
Aceitas tudo o que digo,
És o meu melhor amigo
E o meu porta-bagagem.
Se a alguém quero falar,
Tu vais sempre em meu lugar,
Quando me falta a coragem.
Reeditado do meu livro "SUSPIROS"
Casimiro Costa
Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
Porque fui por ti, um mal amado,
E depois, de naquela tarde te voltar a ver,
Quando eu só queria, era esquecer,
Meu amor, sem o querer fui tresloucado,
Foram anos e anos, a teu belo prazer,
Foi tempo de mais, que brincaste comigo,
Hoje estou bem, sem te ter por castigo,
E quer queiras quer não, eu voltei a viver.
Pensa que, mais cedo ou mais tarde,
Vais colher os frutos, dessa maldade,
E aí, vou poder ver-te, chorar,
Então meu amor, eu nesse dia,
Ao sentir-te mergulhada na agonia,
Vou estar perto, para aí te perdoar.
Casimiro Costa
Domingo, 11 de Outubro de 2009
Descalço e tristonho, o caminho subia,
Com cara de fome, segurava um bastão,
Enquanto comia um pedacinho de pão,
Ao ver-me chegar, seu rostinho sorria.
Seu corpo queimado, de frio tremia,
Sozinho no monte, o gado guardava,
Canseira de ver, se algum lhe faltava,
Para todo o lado, o seu olhar corria
Quem te tirou, o teu direito de brincar?
Pequeno menino, não nasce para trabalhar!
Nem ter frio, nem fome, nem escravatura!
Criança é fruto do amor, para ser amada,
Não pode jamais, viver mal tratada!
Mais tarde ninguém gosta, de ouvir-lhe a censura.
Casimiro Costa
Imagem retirada da internet
Sábado, 3 de Outubro de 2009
Sete dias, na Madeira eu passei,
Sua beleza me deixou quase encantado,
Sem canseira do trabalho, que pus de lado,
O paraíso cá na terra eu encontrei.
Tudo que vi, foi surpreendente para mim,
Aconselho vivamente a quem poder,
Pois ser feliz assim, quem não o quer!?
Se realmente a Madeira é um jardim.
Em elogios, me desfaço por ti Madeira,
Belo Funchal, boa gente hospitaleira,
Mas o local com que mais me identifico,
Foi onde vivi mais, a minha ilusão,
E para sempre guardarei no coração,
Tua beleza, linda praia de Machico.
Casimiro Costa
Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009
Quis saber porque sofria,
Porque tinha esta agonia,
A torturar meu coração,
Vi em ti um ser perfeito,
Mas destruís-te meu peito,
Sem para isso teres razão.
Se calhar foi por defeito,
Que me nasceu este jeito,
De ser aquilo que sou,
Da loucura fico perto,
Apenas porque estou certo,
Do desgosto que ficou.
Ser louco, de quando em vez, até preciso,
Para provar que fico declarado,
Quero mostrar-te, já, e agora, meu juízo,
Não dizendo, que és tu, que estás errado.
Casimiro Costa
<um abraço amigos! Segunda feira vou de férias>
Quarta-feira, 2 de Setembro de 2009
Terminou Agosto, para meu desgosto,
Ou minha alegria,
Não sei que vos diga, fiz como a formiga,
Enquanto podia.
Preciso parar para me encontrar,
No meu dia a dia,
Esquecer os castigos, viver com os amigos
E com a poesia.
Antecipar férias, esquecer as misérias,
É o que vou fazer,
Ilha da Madeira á minha maneira,
Ir-te-ei conhecer.
Recuperar energia, carregar a bateria,
Alegrar o coração
Agora tem mesmo que ser, pois até para escrever,
Já me falta inspiração
Casimiro Costa
Quarta-feira, 12 de Agosto de 2009
Venha ver Viana do castelo,
Venha ver o que são dias de folia,
Porque o Minho com você fica mais belo,
Na romaria da Senhora d’Agonia.
São dias de magia, muita cor e alegrias,
Que orgulha o Vianense, do idoso ao mais petiz,
Pois Viana tem por sua, a maior das romarias,
Que se pode encontrar em todo nosso país.
Minha Viana, capital do alto Minho,
Tão festejeira,linda, que te admiro,
Venha a Viana, conhecer nosso carinho,
E ao chegar dê um toque ao CASIMIRO.
Casimiro Costa
Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009
Quero dar-te os parabéns,
Por mais um ano que tens.
Sou pai de uma boa filha,
Explicar não sou capaz,
Mas sei que quando não estás,
Até o sol já não brilha.
Fugi sempre de escrever
E de alguns versos fazer,
Para ti ou teu irmão.
Sois meu jardim, minhas rosas,
Tão frágeis e melindrosas,
No meu pobre coração.
Eu escrevo por paixão,
Mas sabes que o coração,
Fes-me aos olhos testamento.
Se de quem amo falar,
Sou obrigado a chorar,
Como estou neste momento.
Se algum dia falhei contigo,
Foi só por ser teu amigo
E em desculpas me desfaço.
Pois do bem que o mundo tem,
Não trocava com ninguém,
O sabor dum teu abraço.
( este poema foi retirado do meu livro " SUSPIROS")
Casimiro Costa
Quarta-feira, 29 de Julho de 2009
Perguntei a um miudinho,
Com quem cruzei no caminho
Sentado numa pedrinha,
Que ao ver-me aproximar,
Seu rosto quis ocultar,
Limpando uma lagriminha.
Porque choras, criancinha?
Que fazes aqui sozinha,
Debaixo deste calor?
Eu vivo na amargura
E na minha desventura,
Hoje grito a minha dor.
Aquele que ali vai,
Faz as vezes de meu pai,
O meu morreu, eu não queria.
Este veio-me espancar,
Só porque me viu beijar,
A sua fotografia.
Mas eu trago-a sempre comigo,
Era o meu melhor amigo
E a guerra assim o quis.
Deixou-me desamparado,
Com um padrasto malvado,
Que me faz tão infeliz.
Diz-me sempre que sou feio,
Que sou filho do alheio,
Dói muito viver assim.
Sempre que rezo a Jesus,
Eu sinto que sai da cruz
E fica junto de mim.
Eu já só pensava agir
E o padrasto agredir,
Mas o petiz com sensatez,
Diz: - Não o queria condenar
Por ele me maltratar.
Não faça o mal que ele me fez.
Minha mãe sempre me amou,
Mas agora ela mudou,
Não quer saber mais de mim.
Mas eu vou sempre amar
E vou sempre perdoar,
Maltratado mesmo assim.
Eu descobri nesse dia
E para minha alegria,
Nunca mais que me esqueceu.
Porque entendi que afinal,
Não foi para fazer o mal,
Que Casimiro nasceu.
Ao ver que o compreendi,
Olha para mim e sorri,
Como um girassol abrindo.
Tocou-me o coração
E eu disse com emoção,
És lindo menino, és lindo.
(Retirado do meu livro "SUSPIROS")
Casimiro Costa
Terça-feira, 21 de Julho de 2009
Tu, que só vives da maldade,
Faz uma breve, reflexão,
Abre um pouco, teu coração,
E vem conhecer a bondade.
É linda! Verás que é linda,
E, mavioso, te irá tornar,
Depois do coração se depurar,
Vais ver, o quão feliz serás ainda.
Felicidade, que deverás repartir,
Porque, também te sentirás, com mais valor,
Garanto-te companheiro, agora, aqui,
Que alegria, tu agora, vais sentir,
E o mundo, conhecerá teu amor,
Se nunca mais, o guardares só para ti.
CASIMIRO COSTA
Terça-feira, 14 de Julho de 2009
Tu, que tantos, tantos anos estudaste,
Mas, no fundo, muito pouco aprendeste,
Um dia, um canudo, tu ganhaste,
E a seguir, de quase tudo, esqueceste,
Onde, está essa tua desenvoltura?
Onde e como, aplicas a tua moral?
Que nosso povo, á tanto tempo procura,
Nos homens, que governam Portugal.
Trinta e cinco anos se passaram,
Faltou a sensibilidade, aos ditos nobres,
Para atingir, com Portugal, as suas metas,
Eu sei que, algumas coisas, melhoraram,
Fizeram alguns ricos e muitos pobres,
Sensato, era o país, governado pelos poetas.
CASIMIRO COSTA
Sexta-feira, 10 de Julho de 2009
Desce vales, sobe montes,
Vai onde o sonho te levou,
Mata a sede, nas tuas fontes,
Nas que o destino não secou.
Mas com tua contumácia,
Mostra-te um ser denodado,
Perseguindo com eficácia,
Qual denodo desejado.
E quando pensares, já ter tudo,
E em ti não veres defeito,
Terás que depreender,
Que foste na vida um sortudo,
Por pensares ter tudo feito,
Tu tens tanto por fazer!
CASIMIRO COSTA
Terça-feira, 7 de Julho de 2009
Benditas entranhas
Que me deram vida,
Em hora de esperança,
Em hora sofrida.
Benditas as mãos
Que me deram pão,
Que estão já cansadas,
Por boa razão.
Criaram seis filhos
E um deles sou,
Mais dois haveria,
Mas Deus os levou.
Sei que estão no céu,
Por vós a pedir,
A paz desta vida
E da que há-de vir.
Mereceis todo o bem,
Todo o céu imenso
E mais as palavras,
Que deixo em suspenso.
No ar dando voltas,
Pela imensidão,
Pesadas de culpa,
Pedindo perdão.
Também fiz sofrer,
Também causei dor,
Sou filho de Deus,
Mas sou pecador.
Que isto vos dê,
Valor e coragem,
Por tanto vos querer,
Vos faço homenagem.
Casimiro costa
(Retirado do meu livro Suspiros)
Quinta-feira, 2 de Julho de 2009
A amizade é um dom, quando sincera,
Quando é dada, por um verdadeiro amigo,
É flor, com perfumes de primavera,
Quando a sinto ser dividida comigo.
Ler comentários, que valorizo e não desdenho,
Cada um, tão importante, que vale ouro,
Como é lindo, ter amigos, como eu tenho,
Meu amigo, para mim, é meu tesouro.
Está no meu âmago, o valor da amizade,
Sem diferença na cor, no sexo, ou na idade,
Guardo sempre, com carinho e emoção,
Todo amigo, que sinto que o é e admiro,
Acompanha, noite e dia o CASIMIRO,
Numa caixinha, que chamamos coração.
CASIMIRO COSTA
Sexta-feira, 26 de Junho de 2009
Blogando, vida fora, eu encontrei,
Gente boa, gente simples, e honrada,
Alguns, minha amizade, lhes dei,
E de outros, vi a amizade, negada.
Que grande poetisa, MARIA JOÃO!
Também IDALINA, gosto muito d`ela,
Adoro a NATALIA pela mesma razão,
E, não posso esquecer CATARINA PORTELA.
Eu sei que sou rico, em palavras pobres,
É por isso que eu, tanto vos admiro,
Vossas mentes trasbordam palavras tão nobres,
Que fazem de vergonha, corar CASIMIRO.
CASIMIRO COSTA
Quinta-feira, 25 de Junho de 2009
Criança sem dono, que me tiras o sono,
Teus passos eu sigo,
Eu não me amolo, salta para meu colo,
Vem ter um amigo.
Condenado á desgraça, renegado por sua raça,
Paga a culpa que não tem,
Não pediu para vir ao mundo, mas já nasceu vagabundo,
Criancinha de ninguém.
Tens tua casa na rua, mas que triste sina a tua,
Eu, olhando os olhos teus,
Dou-te todo meu amor, e desgastado com dor,
Entrego-te, aos braços de DEUS.
CASIMIRO COSTA
Quarta-feira, 24 de Junho de 2009
Que lindo seria, se acordasse um dia, ao amanhecer,
E eu descobrisse que o mundo mudou, e já não há guerra,
Que deram as mãos, os povos irmãos, se vão entender,
Acabou a fome, e que reina a paz, no cimo da terra.
As crianças, não vão mais sofrer, nem serão violadas,
Vão ser bem tratadas, não andam descalços, ao frio a dormir,
Acaba-se o ódio, os pobres, e famílias desesperadas,
E a partir de então, com certeza verão, o CASIMIRO sorrir.
CASIMIRO COSTA
Sexta-feira, 19 de Junho de 2009
Já vi a vida o que era,
De morrer, não tenho medo.
Sei que tenho á minha espera,
Meu padroeiro, S. PEDRO.
Não temo, não tenho medo da morte,
Só temo o sofrimento, também a dor,
O desencanto, trazido pela má sorte,
Se sentir, que tenho tudo e me faltam com amor.
Tenho um medo sim, sempre comigo,
Que um dia, um instante, ou de repente,
Eu precise, e não sinta a presença, dum amigo,
Mesmo, estando eu, rodeado de muita gente.
CASIMIRO COSTA
Domingo, 14 de Junho de 2009
Porque foges de mim “vida”,
Estás assim desiludida,
Com todo meu desempenho?
Fui sempre onde pude ir,
Hoje foges de mim a rir,
Como cobarde te tenho.
Tiraste-me a criancice,
Pois a minha meninice,
Passei-a no hospital.
Carregado de doença
E a viver na presença,
De um pedófilo, um animal.
Fez-me coisas que são segredo
E eu morria de medo,
Mas nunca fui violado.
Por causa desse enfermeiro,
Eu passei um dia inteiro,
Escondido no telhado.
Eu só tinha sete aninhos,
Eram estes os miminhos,
Que eu tive de aguentar.
Não me deste adolescência,
Aos doze anos penitência,
Fui para as obras trabalhar.
Trabalhava o dia inteiro,
Mas nunca tinha dinheiro,
Até que um dia, fartei-me…
Trabalho, ganho para mim,
Mas, para poder ser assim,
Aos dezassete, casei-me.
Honesto e trabalhador,
Fiz família com amor.
Sem ter sorte nem seus brilhos,
Com dois amparos pedidos,
Os dois são indeferidos,
E fui à tropa com dois filhos.
Não foi fácil sustentar,
Mas com a força de amar,
Nada lhes faltou na vida.
Foi sua mãe quem lutou
E quanta vez trabalhou,
Apenas pela comida.
Fui cinco anos ao estrangeiro,
Em busca de algum dinheiro.
Fui espreitar a sorte lá fora,
Que mais uma vez traiçoeira,
Não me quis ser companheira,
Resolvi e vim embora.
Mas um dia tu mudaste
E até me compensaste,
Com muito do que não tinha.
Tinha dois filhos maravilhosos,
Que tem os pais orgulhosos
E já tenho uma netinha.
Continua, vida, comigo.
Até já sou teu amigo.
Estás perdoada, agora,
Mas depois do que vivi,
Peço à sorte e peço-te a ti,
Não me mandeis já embora.
Quinta-feira, 11 de Junho de 2009
Um poeta normalmente
Vive sempre muito triste
Pois nunca tira da mente
O mal que no mundo existe
Poetas não têm maldades
Vão vivendo suas sinas
Sempre a dizer as verdades
Casadas com suas rimas
Um poeta é um ser audaz
Com pensamento vagabundo
Acreditando que é capaz
De um dia mudar o mundo
Tem que ter sensibilidade
Coração perto da boca
Dar a mão á caridade
Vibrando com coisa pouca
Coração com sentimento
Sente tudo que o provoca
Como qualquer instrumento
Depende é de quem o toca
Eu não sou homem estudado
Não escrevo bem pontuado
Mas nada posso fazer
Que me desculpem espero
Porque no fundo só quero
Que me possam entender
Terça-feira, 9 de Junho de 2009
Este foi um mimo oferecido
pela orquidea negra.
http://orquideanegra.blogs.sapo.pt/
TROFEU
PEDAGOGIA DO AFETO
..@..
Este prémio veio da amiga
Poeta porque Deus quer
@
http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/
Sexta-feira, 5 de Junho de 2009
Por tal, tristeza invadido
Volto a andar deprimido
Sem saber, qual a razão
É quase uma dependência
O viver com a tendência
De estar sempre em depressão
Já fiz tanto tratamento
Que faz de mim no momento
Outro ser que não sou eu
Vai-se embora a alegria
A angústia toma a estadia
Da alegria que morreu
Só com quarenta e seis anos
Para uns velho, outros jovem
Vou vivendo os desenganos
Com aqueles que me comovem
Depressão coisa esquisita
Que tanta vez me acontece
Põe-me a família aflita
E toda a gente padece
Tanto médico consultei
Mas da cura ainda não sei
Já não sei mais que fazer
Vejo a coisa já sem jeito
Com este aperto no peito
Só não vos quero perder
CASIMIRO COSTA
Quinta-feira, 4 de Junho de 2009
Dou-me bem, com a solidão, sou solitário
Não sempre, mas estar sozinho faz-me bem
Faz-me ter, sempre a razão, dum aquário
Que não quer, ser controlado, por ninguém
Não sou velho, mas já me falta energia
Mas tenho a sorte, de ser um aquariano
Sou triste, isolado, na nostalgia
Preocupado, com os males, do ser humano
Já fui pobre, muito pobre, mais que isso
Sempre honrado, lutador pelo bem estar
Mas sorria, era feliz, hoje nem por isso
Por ter tudo, ou não ter nada, que sonhar
Mas os sonhos, não se perdem, até á morte
Tenho esposa, filho, filha e uma neta
Por eles, vou sonhando a sua sorte
Apenas é um desabafo, do que vós chamais poeta
CASIMIRO COSTA
Terça-feira, 2 de Junho de 2009
Não sou fraco não! Só porque choro
São ordens do coração, não ignoro
E nada poço fazer, mas imploro
Não sofra para eu não sofrer, senão eu choro
Meus olhos que bem vos querem, estão ligados
Ao coração por finos fios de muito amor
Que rompem em lagrimas, mudas, olhos calados
Que choram teus lamentos, teus penares e minha dor
<SEJAM FELIZES PARA QUE EU TAMBÉM SEJA>
Casimiro Costa
Quinta-feira, 28 de Maio de 2009
Faz dois anos que partiste
Como vês ainda estou triste
Estás com DEUS eu sei que sim
Tu nunca me abandonaste
No meu coração ficaste
Bem vivo dentro de mim
Eu tenho uma companheira
Que me acompanha a vida inteira
Mas não o faz por maldade
Eu até a julgo bela
Queres saber o nome dela?
Paizinho é a saudade
CASIMIRO COSTA
Terça-feira, 26 de Maio de 2009
Sou pobre por geração
Mas rico de coração
E dos palpites que ele tinha
Sentia muita nobreza
E hoje minha riqueza
É minha linda netinha
Tens as feições duma santa
Tua beleza me encanta
Só quem ama me entende
Eu sei que temos um laço
Quando te dou um abraço
E sinto que a ti me prende
Eu por ti tudo faria
A vida em risco poria
Para não te ver chorar
Mas ao ter-te nos meus braços
Dou-te beijos e abraços
E fico eu a soluçar
Casimiro costa
Sexta-feira, 15 de Maio de 2009
"Deus quer, o homem pensa, a obra nasce". Escrevia, assim, objectivamente Fernando Pessoa. Uma frase expressiva que muito bem se pode enquadrar neste livro. Trata-se da primeira obra poética de Casimiro Costa. É a sua primeira "criança" literária.
Para mim, apresentar este livro é uma honra muito grande mas, ao mesmo tempo, uma responsabilidade acrescida. E digo isto porque sinto-me "culpado" pelo desafio que lancei ao amigo Casimiro em publicar este livro, intitulado "Suspiros".
Aliás, o título é feliz e oportuno na medida em que o conteúdo do livro está bem recheado de pequenos "Suspiros" que Casimiro Costa foi dando ao longo da sua vida, particularmente nos últimos dois anos com o desaparecimento do seu pai - Soares da Costa, também ele um poeta nato.
A ideia de baptizar a obra de "Suspiros" é muito interessante e coerente na medida em que vai de encontro aos vários momentos sentimentais e de refúgio do autor.
Falar de Casimiro Costa é falar de um homem simples, reservado, uma educação indubitável, vertida na sua maneira de ser. Casimiro Costa é uma pessoa repleta de valores humanos. A experiência da vida deu-lhe mestria e ensinamentos. Soube sempre ultrapassar as adversidades da vida.
O autor deste livro vive as Coisas com muita intensidade. Aliás, na minha opinião, característica dos poetas genuínos. E essas Coisas que vos falo não são Coisas quaisquer. São, na verdade, Pessoas. São Pessoas que muito dizem ao autor. Pessoas que o rodeiam e que a Ele estão ligadas. Umbilicalmente!
Casimiro Costa retrata nos seus poemas aquilo que lhe vai na alma e, simultaneamente, refugia-se no seu cantinho, debitando para o papel, ou para o computador, aquilo que sente. A maior parte das vezes sente um misto de carinho, nostalgia, saudade. Sei-o porque Casimiro Costa partilha muitas vezes esses "desabafos" comigo. O sentimento de perda do seu pai vai-lhe "roubando" um pouco do ar que respira. Casimiro Costa quer, através desta obra, homenagear o seu Pai. Feliz ideia, amigo Casimiro.
Congratulo-me por me associar a este seu primeiro livro. E espero que este seja o primeiro - não de muitos mas de alguns.
| Victor Diegues |
Professor e Director do Jornal Notícias de Barroselas
Os poemas que abaixo pode ler e muitos outro estão publicados no meu livro "SUSPIROS" publicado a 22-11-2008,quem estiver intereçado em ter esta obra pode enviar-me um email para o meu endereço
casimirocosta@sapo.pt o valor do livro são 9€ (mais portes de envio) e 10% desse valor reverte para a instituição de solidariedade O BERÇO de Viana do Castelo.
Uma excelente prenda para quem goste de poesia com sentimento.
Tel. de cont. 961127510 ou 910541111
Boa leitura CASIMIRO COSTA
Ser Mulher é lindo.
É ternura,
É prazer,
É o sol descobrindo,
Ao amanhecer.
Ser Mulher é lindo.
É carinho,
É beleza,
É uma obra-prima
Da mãe-natureza.
Ser Mulher é lindo.
É ser mãe,
É calor,
É com toda a certeza,
O maior amor.
Ser Mulher é lindo.
Doçura,
Saber
E porque a adoro,
No meu entender,
Ser Mulher é lindo,
P´ra quem sabe ser.
Terça-feira, 12 de Maio de 2009
Há gente muito empenhada
Ver outros ficar na míngua
Que morreria envenenada
Se morde-se a sua língua
Põe-me triste o invejoso
Que por não ser corajoso
Faz da vida uma miragem
Em vez do teu mal dizer
Pensa algo por ti fazer
Entre o medo e a coragem
Sabes bem que não consegues
E por isso me persegues
Não mereces meu respeito
A energia de que abdicas
Enquanto os outros criticas
Usa-a mais em teu proveito
Se invejares o meu viver
Tudo que deves fazer
É lutar tal como eu
Mas invejoso não é capaz
E eu deixo-o para traz
Com o dom que Deus me deu
Tens a mania que és um ás
Mas o que faço não és capaz
Mesmo que te vejas artista
Estás a muitos anos luz
Com a cegueira que te conduz
Deixo-te a perder de vista
Sexta-feira, 27 de Março de 2009
O meu pai foi calceteiro
Milhões de pedras pousou
Trabalhava o ano inteiro
E tão pouco as passeou
O meu pai foi calceteiro
Honesto honrado senhor
Mesmo não tendo dinheiro
Era homem de valor
O meu pai foi calceteiro
Cinqüenta anos trabalhou
Não pode juntar dinheiro
Mas muito ele poupou
O meu pai foi calceteiro
E por varias ocasiões
Ouvi que era o primeiro
Preferido pelos patrões
O meu pai foi calceteiro
Homem simples mas honrado
Não tem hoje no mundo inteiro
O que o faça ser apontado
O meu pai foi calceteiro
Senhor das suas razões
Ganhava pouco dinheiro
Enriquecia os patrões
O meu pai foi calceteiro
Fez da vida escravatura
Ao cãozinho do empreiteiro
Não lhe faltava a fartura
O meu pai foi calceteiro
Do trabalho se orgulhava
Explorado a tempo inteiro
Pelos patrões de quem gostava
O meu pai foi calceteiro
Com honras que admiro
Não faz falta ao mundo inteiro
Mas faz falta ao Casimiro
Quarta-feira, 22 de Outubro de 2008
Podemos dar cor à vida,
Para que possa brilhar,
Mas só será colorida,
Se a soubermos pintar.
A vida é cheia de graça
E na graça que vai e vem,
Eu vejo muita desgraça,
Na graça que a vida tem.
Fosses tu então comprida,
Ou tão amarga não fosses,
Pois coisas boas da vida,
São sempre curtas e doces.
A vida anda e desanda,
E nunca faz marcha-atrás,
Tem a mania que manda,
Mas quem leva já não trás.
À porta estavam chamando,
Fui abrir, mas nada vi,
Era a saudade lembrando,
O quanto sofro por ti.
Esta saudade perdura,
Com tal dor que nunca vi,
Insistindo na amargura,
De ter que viver sem ti.
Mas aqui no meu pensar,
Nem sempre me vai ganhar,
Também tenho meu momento,
Ao sofrimento me obriga,
Mas não tem força que consiga,
Me calar no pensamento.
Faz um ano partiste,
Me deixaste só e triste,
A sofrer com ansiedade.
De sofrer nunca se gosta,
Mas sabes Soaras da Costa,
Eu gosto de ter saudade.
Eu sonho sempre contigo,
Que saudade, Pai amigo,
Mas nada posso fazer.
Sou feliz Só a sonhar,
E quando estou a acordar,
Quero logo adormecer.
As pedras que tu puseste,
Nas calçadas que fizeste,
São impossíveis de contar.
Se lhes faço transmitir,
A dor que estou a sentir,
Eu faço as pedras chorar.
Querido Pai eu cumpri,
Porque ao partires prometi,
Um altar para ti fazer.
É lá que falo contigo
E tantas coisas te digo,
Que ficaram por dizer.
Esta saudade é tristonha,
Chega mesmo a ser medonha,
Quando me ponho a pensar,
Que tenho uma netinha
E sabes, não me convinha,
Que me encontrasse a chorar.
No penar que Deus me deu,
Eu ergo os olhos ao céu,
Para a dor aliviar.
Faço da escrita oração
E abrindo o coração,
Eu me despeço a orar.
Terça-feira, 19 de Junho de 2007
A vida tem amarguras
Que da cabeça não nos sai
Mas eu fiquei ás escuras
Quando vi partir meu pai
Porque é que DEUS assim quis
Pôr-me a sofrer hora a hora
Sou sem ti tão infeliz
Com quem desabafo agora
Eu passei um mau bocado
Quando teus olhos fechaste
Do coração destroçado
Um pedaço me levaste
É dolorosa a partida
De alguém que queremos tanto
No peito fica uma ferida
A provocar-nos o pranto
Não te foi grata a vida
Mas este é desejo meu
Que tua alma seja acolhida
Num lindo canto do céu
Sofre o coração dum filho
Brilha os olhos porque chora
Quando os do pai já sem brilho
Fecharam para ir embora
Só ficou para atenuar
Nossa pena e lamento
Ver por fim a terminar
O teu grande sofrimento
Seguirei o meu caminho
Se sofrer também faz falta
A recordar meu paizinho
Sinto tanto a tua falta
Não me querias ver sofrer
Perdoa pois não sou santo
Não te pude obedecer
E por ti já chorei tanto
Na terra foste homem bom
Honras-te DEUS com certeza
De tudo terás perdão
E verás sua grandeza
Descansa em paz pai querido
Que DEUS te dê atenção
Por mim jamais esquecido
Vives no meu coração
Depois da tua partida
E toda a dor que senti
Recordo os anos de vida
Vividos ao pé de ti
Pede pai a DEUS por nós
Estás com ELE a descansar
Que a nós já nos dói a vós
De tanto por ti chorar
Foste pai muito querido
Resta a saudade desse amor
Nunca mais serás esquecido
Dorme na paz do SENHOR
Soares da costa que admiro
Descansa para a eternidade
Que teu filho Casimiro
Vai morrendo de saudade
Juro hoje ao mundo inteiro
Por esta dor que me arrasa
Terás um lugar cimeiro
Num altar em minha casa
Toda a criança é querida
Toda a criança defendo
Não vai ser melhor na vida
Se a educação for batendo
Tanta criança bonita
Que me toca o coração
Come porrada se irrita
Em forma de refeição
Uma vez um pai comia
E o filhinho sufocado
Quando comida pedia
Tombava logo p´ro lado
Uma criança se chora
Tem sempre sua razão
Ás vezes só implora
Um bocadinho de pão
Presenciei noutro dia
O que até me encheu de mágoa
Sopa a criança pedia
A mãe mandou dar-lhe agua
Mas é que o importante
A mãe o prato repetia
Virá ela ao restaurante
Para a mim me dar azia?
Não façam ao inocente
O que p´ra vós não gostais
Fazeis-vos tão grande gente
Diminutos como pais
A Deus fazes um insulto
Ao mal tratares teu rebento
E quando ele for adulto
Também será violento
Vós que tê-des criancinhas
E pensais as mal tratar
Fazei delas todas minhas
As que eu poder sustentar
Segunda-feira, 3 de Julho de 2006
Somos um caso perdido
Só a arrogãncia perdura
Onde tudo é proibido
Nos governa a ditadura
Hoje há multas para tudo
E por mais que alguém insista
De opinião eu não mudo
O país está mais fascista
Estou muito desiludido
E com cara de velório
O que não é proibido
É então obrigatório
O povo é que paga tudo
Mas o que vamos fazer
Para eles tudo chorudo
Outros não tem que comer
Dez estádios de futebol
Uma expo fracassada
Tudo faz parte do rol
Só vivemos de fachada
Se há fome em Portugal
Não se elimina esse mal
E como antes volta a ser
Mas temos uns bailarinos
Chamados submarinos
Para no mar apodrecer
Se saímos a passear
Há camaras a controlar
Que país tão curioso
Já me sinto incomodado
Pois não quero ser tratado
Como qualquer criminoso
Se isto é democracia
Deixa muito a desejar
Eu acho que preferia
Ter de volta o Salazar