Terça-feira, 27 de Outubro de 2009
Este mimo foi-me oferecido por a minha amiga Maria João. http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/
Ó papel estou contigo,
Meu fiel e bom amigo,
Só tu sabes aceitar
Todo o meu desabafo,
Em cada verso que faço,
Nunca te ouvi protestar.
Com a caneta fazemos
Coisas que jamais esquecemos.
Nunca vos quero perder,
Nós casamos as palavras,
Sejam doces ou amargas,
Com o que queremos dizer.
Por isso muito obrigado,
Tu estás sempre a meu lado,
Nós temos muito para dar.
Posso oferecer-te à gente,
Ou seres só meu confidente,
Se não te quiser mostrar.
Aceitas tudo o que digo,
És o meu melhor amigo
E o meu porta-bagagem.
Se a alguém quero falar,
Tu vais sempre em meu lugar,
Quando me falta a coragem.
Reeditado do meu livro "SUSPIROS"
Casimiro Costa
Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
Porque fui por ti, um mal amado,
E depois, de naquela tarde te voltar a ver,
Quando eu só queria, era esquecer,
Meu amor, sem o querer fui tresloucado,
Foram anos e anos, a teu belo prazer,
Foi tempo de mais, que brincaste comigo,
Hoje estou bem, sem te ter por castigo,
E quer queiras quer não, eu voltei a viver.
Pensa que, mais cedo ou mais tarde,
Vais colher os frutos, dessa maldade,
E aí, vou poder ver-te, chorar,
Então meu amor, eu nesse dia,
Ao sentir-te mergulhada na agonia,
Vou estar perto, para aí te perdoar.
Casimiro Costa
Domingo, 11 de Outubro de 2009
Descalço e tristonho, o caminho subia,
Com cara de fome, segurava um bastão,
Enquanto comia um pedacinho de pão,
Ao ver-me chegar, seu rostinho sorria.
Seu corpo queimado, de frio tremia,
Sozinho no monte, o gado guardava,
Canseira de ver, se algum lhe faltava,
Para todo o lado, o seu olhar corria
Quem te tirou, o teu direito de brincar?
Pequeno menino, não nasce para trabalhar!
Nem ter frio, nem fome, nem escravatura!
Criança é fruto do amor, para ser amada,
Não pode jamais, viver mal tratada!
Mais tarde ninguém gosta, de ouvir-lhe a censura.
Casimiro Costa
Imagem retirada da internet
Sábado, 3 de Outubro de 2009
Sete dias, na Madeira eu passei,
Sua beleza me deixou quase encantado,
Sem canseira do trabalho, que pus de lado,
O paraíso cá na terra eu encontrei.
Tudo que vi, foi surpreendente para mim,
Aconselho vivamente a quem poder,
Pois ser feliz assim, quem não o quer!?
Se realmente a Madeira é um jardim.
Em elogios, me desfaço por ti Madeira,
Belo Funchal, boa gente hospitaleira,
Mas o local com que mais me identifico,
Foi onde vivi mais, a minha ilusão,
E para sempre guardarei no coração,
Tua beleza, linda praia de Machico.
Casimiro Costa